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O evento em Uberaba quer ampliar os conhecimentos de profissionais.
UFTM
deve apresentar projeto para a criação do curso Letras/Libras.
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Daphne é a primeira aluna surda do
Conservatório
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Começou nesta quinta-feira (27) em Uberaba, no Triângulo
Mineiro, o 1º Seminário Nacional de Educação de Surdos. A proposta é ampliar os
conhecimentos de profissionais envolvidos no processo de inclusão educacional,
que já apresenta alguns avanços, mas ainda existem muitos desafios.
Daphne tem nove anos e nasceu com surdez profunda. Os pais descobriram o
problema quando ela tinha um ano e ainda não falava. "O primeiro momento é de
espanto, acredito que para qualquer pai é muito difícil aceitar qualquer
problema. Mas com o tempo e com calma a gente vai se acostumando e pegando a
confiança de outros profissionais", contou o pai de Daphne, o bombeiro Aguimar
dos Reis.
Ela faz as aulas de piano há seis meses e é a primeira aluna surda do
Conservatório Estadual de Música de Uberaba. Um desafio que a professora Ana
Márcia Souza abraçou desde o começo. "Aprender Libras já foi uma motivação de
pensar no interesse das crianças em aprender música e de não conseguirem por ter
esse bloqueio. Então eu me apaixonei mesmo pela Libras, iniciei os estudos e
quando os pais trouxeram a Daphne, porque ela escolheu fazer música, aí que a
gente viu o tamanho do desafio e a oportunidade de aprender cada vez mais com
ela", lembrou a professora.
Ver a filha tocando as primeiras notas é uma emoção que a dona de casa
Cleonice Viana jamais vai esquecer. "As pessoas têm o preconceito de que a
pessoa que tem alguma deficiência é uma coitadinha, não pode fazer nada. A
Daphne é um exemplo de que pode ir além. Não é a deficiência que vai ser um
empecilho e, sim, uma motivação", afirmou a dona de casa.
Daphne inspirou a criação de um coral que
também
canta em Libras (Foto: Reprodução/TV Integração)
Depois da chegada da Daphne ao conservatório outras ideias surgiram e ela
inspirou a criação de um coral diferente, que também canta em Libras. É mais um
projeto da professora Ana Márcia. "É importante as escolas nos ensinarem
[Libras] para a gente se comunicar com eles", disse a estudante Nadini Soares,
de 10 anos.
Ivone de Castro Massa é diretora da Escola Dulce de Oliveira, uma instituição
de surdos em Uberaba que tem 83 alunos no ensino fundamental. No local é
oferecido um curso de Libras e, de 2011 para cá, mil alunos se formaram. "Os
alunos aprendem Libras e os professores são todos bilíngues. Todos os conteúdos
são dados através da Língua Brasileira de Sinais".
Maria de Lourdes tem 57 anos e foi uma das primeiras alunas na Escola Dulce
de Oliveira. Ela teve que abandonar a primeira faculdade de Pedagogia porque não
tinha intérprete na sala. Agora, perto de se formar, é também professora de
Libras, quer diminuir a distância e o preconceito da sociedade.
Curso de Libras
A Universidade Federal
do Triângulo Mineiro (UFTM) deve apresentar, em breve, um projeto para a criação
do curso Letras/Libras. "O aluno que já é diplomado na área de Letras deve fazer
esse curso conosco, na área de Libras, e vai ter essa nova habilitação",
explicou o coordenador do curso, Carlos Francisco de Morais.
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