Mãe diz que a filha vinha sendo violentada desde o ano passado.
Escola
nega que violência tenha acontecido na instituição.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Porto Velho
abriu inquérito para apurar denúncias de abuso sexual a uma menina surda, de 12
anos, dentro de uma escola pública especial, em Porto Velho. A mãe, que preferiu
não se identificar, diz que a filha vinha sendo violentada desde o ano passado
por dois colegas de classe. A direção da escola nega as acusações.
A mãe da adolescente conta que na quarta-feira (20), a filha chegou à
residência chorando e muito agitada. Após se acalmar, a menina teria relatado à
mãe que um colega de classe, de 13 anos, teria a segurado a força no banheiro
feminino da escola, enquanto outro adolescente, este com 17 anos, tirou a roupa
dela para praticar o abuso. A mãe contou com o auxílio da outra filha e de um
intérprete para entender o que a garota dizia, já que não domina a Língua
Brasileira de Sinais (Libras).
Um exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a menina
de 12 anos teve relações sexuais, o que deixou a mãe surpresa e revoltada com a
situação. O caso foi registrado na DEPCA e os envolvidos deverão ser
ouvidos.
A direção da escola disse que não vai se pronunciar antes do resultado das
investigações e que o caso só foi conhecido através da imprensa. A escola também
nega que o crime tenha ocorrido nas instalações internas, já que menos de
cinquenta crianças são monitoradas por 23 profissionais.
Outras três adolescentes também teriam sido vitimas dos abusos, mas em exame
realizado no início na noite de segunda-feira (25) a suspeita foi negada. Mesmo
diante do resultado do exames, as mães das adolescentes, que preferiram
preservar a identidade, contaram ao G1 que não deixarão as
filhas retornarem à escola. “A escola era o único lugar em que eu confiava
deixar minha filha, depois disso não vou mais deixar ela voltar”, disse uma
delas.
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