Acordo assinado com MP garante que maternidades paguem pelo exame.
Teste
dura 5 minutos e detecta precocemente problemas auditivos e surdez.
Teste da orelhinha passa a ser obrigatório em
hospitais de Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)
Um acordo assinado entre o Ministério Público e hospitais de Ribeirão Preto
(SP) nesta quarta-feira (29) garante que todas as crianças nascidas na cidade
sejam submetidas ao exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA), popularmente
conhecido como “teste da orelhinha”, que previne doenças auditivas e a
surdez.
Atualmente, apenas a Maternidade do Complexo Aeroporto (Mater) vinha
realizando o teste gratuitamente, apesar de a Lei Federal nº 12.303/2010 tornar
obrigatória e gratuita a realização em qualquer hospital. "Faltava definição
sobre quem deveria pagar pelo teste. A lei obriga fazer, mas não diz quem paga
por isso", explica o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, responsável pela
ação civil pública.
A partir de agora, as maternidades devem oferecer o teste no próprio
estabelecimento ou acompanhar que seja realizado posteriormente, sem nenhum
custo à família. O exame será pago pelo hospital ou pelo plano de saúde da mãe,
caso este assuma os gastos. A unidade de saúde que descumprir o acordo será
multada em R$ 1 mil por bebê.
Silveira afirma também que, caso os pais não autorizem a realização do exame,
a maternidade deve comunicar o fato à Promotoria, que tomará as medidas
cabíveis. "Vamos acionar a família na Justiça e obrigá-la a realizar o exame,
porque se trata da saúde da criança."
Teste da orelhinha
Realizado até o terceiro mês de vida
do bebê, o “teste da orelhinha” consiste na colocação de uma espécie de sonda na
orelha da criança, que emite sons de fraca intensidade e recolhe, no computador,
as respostas que o ouvido produz – uma espécie de eco do som emitido.
Havendo alguma suspeita, a criança é encaminhada para avaliações otológica e
audiológica completas. Uma vez confirmados o tipo e o grau da perda auditiva, a
família é atendida por especialistas para um iniciar um programa de intervenção
precoce, onde receberá orientações sobre o uso de aparelhos de amplificação ou
implante coclear e terapia fonoaudiológica para a criança.
FONTE: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2013/05/hospitais-de-ribeirao-sao-obrigados-fazer-teste-da-orelhinha-em-bebes.html
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