Nos cinco primeiros meses deste ano, 46 casos foram registrados.
Sites
ajudam familiares a procurar pessoas desaparecidas.

Um levantamento da polícia de Marília (SP) aponta que só
neste ano, foram registrados 46 casos de pessoas que desapareceram somente nos
cinco primeiros meses de 2013. Um dos casos é de Érico Vieira, filho de Vera
Lúcia Vieira que desapareceu há quase três meses. Ele ia para o trabalho e
sumiu. Desde então, familiares e amigos se uniram na tentativa de encontrar o
rapaz. O caso é mais um em uma estatística que cresce e preocupa a cidade.
Segundo a polícia, a primeira recomendação no caso de um desaparecimento é
registar um boletim de ocorrência. A partir daí, a Delegacia de Investigações
Gerais (DIG) traça um perfil e começa a seguir os últimos passos da vítima.
"Feito registro do boletim de ocorrência, automaticamente já é passado uma
mensagem para a delegacia de pessoas desaparecidas, onde a pessoa é inserida no
banco de dados da polícia como desaparecida”, explica Aéliton Roberto de Souza,
delegado da DIG de Marília.
Final feliz
Apesar do levantamento alarmante, dados da
Polícia Civil mostram que quase todos os casos de desaparecimento em Marília são
solucionados. Este ano, 37 pessoas foram encontradas e no ano passado 91. É o
que espera o pai do Érico. Ele afirma que reza muito, pensa todos os dias no
filho e que tem certeza que um dia o jovem será encontrado. “Nós recebemos
solidariedade de muita gente que não conhecemos e não tem como agradecer esse
tipo de oração”, conta Érico Carvalhar Vieira.
Paralelamente ao trabalho da Polícia Civil, sites na internet e grupos
independentes auxiliam na procura dos desaparecidos, como, por exemplo, o grupo
Anjos da Guarda. A equipe conta com 30 voluntários que contribuem através de
informações da PM e já atenderam mais de 300 casos. "Segundo nossos dados, 98%
das pessoas têm retornado para as suas residências ou sido encontradas pelos
anjos da guarda, Polícia Militar ou Polícia Civil”, ressalta o fundador do
projeto Cláudio Schilic.
Mulher foi apelidada de 'Maria de Tal' em
Tupã
(Foto: Reprodução/TV Tem)
Maria de tal
Enquanto famílias procuram entes queridos
que desapareceram, na cidade há também pessoas que procuram a família inteira é
o caso da jovem Maria. A história da separação de ‘Maria de Tal’, como foi
apelidada, começou nas ruas de Jaboticabal (SP).
Como tem problema de surdez profunda, a mulher foi retirada das ruas e
encaminhada a Casa da Criança de Tupã (SP) onde viveu por nove
anos.
Como não podia mais ser atendida pela entidade que já não recebe mais
pacientes com problemas psiquiátricos, Maria foi levada ao Hospital Espírita de
Marília (SP) onde aprendeu a linguagem dos sinais e enfim conseguiu manifestar o
desejo de reencontrar a família, onde conta sua história através de uma página
na rede social. Lá tem informações sobre o pouco do que Maria conseguiu passar
para as pessoas que a ajudaram, no entanto, como não há muitos dados como o nome
completo dela, onde ela nasceu, entre outras informações, o perfil na rede ainda
não deu retorno. Além de perfis nas redes sociais, outros sites também auxiliam
na busca de pessoas desaparecidas. Dois deles são da Polícia Civil, um para
desaparecidos em geral e outro voltado
para crianças e adolescentes.
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