*Notícia encontrada
antes do desenvolvimento do weblog
Pedagogo usa língua de sinais e interpreta músicas para surdos.
Jovem
deficiente se comunica com amigos por videoconferência no celular.
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Pedagogo usa língua de sinais e interpreta músicas para surdos.

O pedagogo Valdir Balbueno, 34 anos, disponibilizou na Internet um clipe,
gravado por ele, em que interpreta o Hino Nacional na Língua Brasileira de
Sinais (Libras). Segundo Balbueno, objetivo da proposta é permitir que surdos
possam 'ouvir' as músicas e, principalmente, compreender seu sentido.
“Os surdos não entendiam o porquê de os jogadores de futebol se alinharem e
colocarem a mão no peito antes das partidas, e me perguntava o que estava
acontecendo. Por isso resolvi gravar e ensinar o hino a eles”, lembra o
pedagogo.
A iniciativa de interpretar músicas para surdos começou há cerca de 10 anos,
por meio de um grupo da 1ª Igreja Batista em Campo Grande. Hoje já
são 30 clipes compilados em quatro DVDs, e parte do acervo pode ser consultada
na Internet.
Para o pedagogo, o acesso facilitado às tecnologias de comunicação ajuda
tanto a quem produz conteúdo específico para surdos como para o público a que
esse material é destinado. “A tecnologia tirou os surdos do mundo do silêncio e
os incluiu nos meios sociais, junto aos ouvintes. Produzimos os clipes porque
entendemos que o surdo também tem direito à música, aos sons”, afirma
Balbueno.
Videoconferência
Quem vê o estudante Danilo Marcheti, 20
anos, falando ao celular ou usando um computador, não imagina que o jovem é
portador de deficiência auditiva desde o nascimento. Com a ajuda de aparelhos
amplificadores, ele conseguiu recuperar parte da audição, mas foi por meio das
tecnologias que o convívio com amigos se tornou bem mais próximo e natural.

Deficiente auditivo conversa com amigos
pelo
celular (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
Antes de aprender Libras na juventude, Danilo usava apenas os serviço de SMS
do celular ou de bate-papo na Internet. Hoje, se o estudante precisa falar com
alguém à distância, usa os recursos de videoconferência e webcam e expressa-se
por gestos. “Tenho amigos ouvintes que aprenderam Libras para poder se comunicar
comigo mesmo quando estamos longe”, diz Danilo.
O principal obstáculo na hora de se comunicar é o desconhecimento da língua
de sinais por parte do interlocutor que não tem deficiência auditiva. O uso de
amplificadores auriculares não garante a Danilo a compreensão integral das
mensagens. Por isso, o aprendizado de técnicas de leitura labial facilita os
diálogos. “Assistir TV me ajuda a treinar a leitura visual, por meio da legenda
das cenas, a leitura labial, que faço pelas imagens, e também a audição, porque
tento reconhecer e memorizar o som falado com a palavra que leio”, explica.
Até maio deste ano, Danilo cursava a faculdade de Letras em Campo Grande, em
uma turma de 10 surdos e 40 ouvintes, mas interrompeu os estudos para trabalhar.
Ele conta que pretende retomar o curso e ser professor de Libras. “Prefiro a
língua de sinais porque agiliza a minha comunicação. Mas seria muito melhor se
todos soubessem Libras, independentemente de ser ou não deficiente auditivo”,
diz.
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