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antes do desenvolvimento do weblog
Juntas há sete anos, Susane e Noemi ministram cursos para deficientes auditivos em igreja.
G1 27/04/2012
Há seis anos, a piauiense Susane Borges, de 43 anos, participava da parada
gay de São Paulo quando foi abordada por um fiel da Igreja da Comunidade
Metropolitana (ICM), de quem partiu um convite para visitar a sede da
congregação, voltada para o público homossexual, no centro de São Paulo.
Criada na Igreja Católica, Susane temia participar de cultos tradicionais.
Desde 2005 vivendo com a companheira, Noemi Miranda, de 51 anos, ela já não
aguentava mais ser vítima de preconceito.
Há pouco mais de três anos, as duas foram obrigadas a mudar de endereço
quando os vizinhos descobriram que elas mantinham um relacionamento amoroso.
Susane, que era esteticista e mantinha sua clínica em casa, acabou perdendo
todos os clientes.
Hoje, as duas frequentam a ICM aos sábados e aos domingos. Na congregação,
Susane cuida do ministério dos surdos, ajudando pessoas que, como sua
companheira, sofrem de deficiência auditiva.
'Aqui, me sinto em casa. Não sou vítima de preconceito e ainda posso fazer
novas amizades com outros casais homossexuais', conta ela à BBC Brasil.
Namoro
Natural de Teresina, Susane vive em São Paulo desde os 26 anos. Acreditava
que, na cidade, se sentiria 'mais livre' para ter relacionamentos
homossexuais.
Em 2005, conheceu Noemi em uma sala de bate-papo na internet voltada para
gays. Pouco tempo depois, marcaram um encontro e estão juntas até hoje.
Mas o começo do relacionamento foi 'difícil'. Ex-evangélica, Noemi, que havia
sido casada com um homem por dois anos, já tinha um casal de filhos, Renato e
Clarice, que, segundo ela, se espantaram quando souberam da orientação sexual da
mãe.
Divorciada, Noemi levou as crianças para morar junto com Susane. 'No início,
eles não entendiam muito bem, mas, pouco a pouco, perceberam que eu era mais
feliz assim', afirma.
Hoje, Susane e Noemi vivem com o filho Renato, que está noivo. A filha,
Clarice, que engravidou na adolescência, saiu de casa há duas semanas para morar
com um novo companheiro.
'Costumo brincar que meu neto tem duas avós maravilhosas', completa Susane.
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