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Aluno da PUC-GO já está sendo acompanhado por profissional em sala.
Ele
estava desde o dia 28 de setembro sem poder assistir às aulas.
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Estudante conseguiu intérprete para
auxiliá-lo
(Foto: Rosemeire Vaz/Arquivo Pessoal)
O aluno com deficiência auditiva do 4º período do curso de história da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia, já está sendo acompanhado por
uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). No início da semana, os
colegas de Rodrigo Nascimento Guedes, de 21 anos, fizeram uma paralisação em
solidariedade ao jovem que desde o dia 28 de setembro estava sem ir às aulas por
falta de um intérprete em sala para ajudá-lo a compreender o conteúdo.
De acordo com a representante da turma, Rosemeire Vaz, a nova intérprete já
iniciou o trabalho na quinta-feira (19), dois dia após a reivindicação dos
alunos. Segundo ela, a instituição foi acionada sobre o problema 30 dias antes
do antigo intérprete sair, quando ele começou a cumprir aviso prévio. “Tivemos
que fazer essa greve. Ou seja, ele ficou quase 30 dias, desde a saída do outro
profissional, sem acompanhamento”.
A universidade informou que já tinha aberto vagas para o cargo. Porém, alega
que mesmo diante da divulgação das mesmas, nenhum candidato havia se habilitado.
A assessoria de imprensa informou também, na manhã desta sexta-feira (19), que a
universidade já estava à procura do profissional e que ele seria contratado
independentemente da paralisação dos alunos.
Outra colega de Rodrigo, Heloiza Helena Leite, diz que acredita que a
manifestação dos alunos tenha ajudado a divulgar o caso e a solucioná-lo: “Não
tivemos a intenção de mostrar o lado negativo, mas apenas reivindicar um direito
para que ele seja, de fato, garantido. Fico muito feliz que ele tenha
conseguido”. No entanto, a estudante tem medo de que o colega volte a ficar sem
o acompanhamento: “Agora, vamos ver na prática o que vai acontecer, se ela vai
permanecer, se vai ser assegurado esse direito à acessibilidade”, argumenta.
Direito
De acordo com o artigo 23 do Decreto nº 5.626, de
22 de dezembro de 2005, as instituições de educação superior “devem proporcionar
aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua
Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como
equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e
à educação”.
Segundo a mãe de Rodrigo, Rosemeire Bento Nascimento Guedes, o filho perdeu
100% da audição aos dois anos, em decorrência da meningite. “Ele fica triste com
a situação porque ele é muito esforçado. Trabalha e estuda para ser igual aos
outros. Mas como ele não faz leitura labial, sem a intérprete fica difícil.
Quando ele fez o vestibular, apresentou um laudo médico e a PUC sabia que estava
recebendo um aluno com surdez”, lembra.
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