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Loja informava que cancelamento só poderia ser solicitado por telefone. Padre Wilson, de Curitiba, recorreu à Justiça para ter direito garantido.

O padre Wilson Czaia, da Paróquia Pessoal Nossa Senhora da Ternura, em
Curitiba, tentou durante três anos cancelar o cartão de crédito da loja C&A.
Mas não conseguia suspender o serviço porque ele é surdo.
Na hora de solicitar o cartão, não houve problemas. Agora, no momento de
cancelar, o padre não pode contar com a ajuda de outra pessoa, já que a empresa
informava que apenas o titular do cartão poderia solicitar o cancelamento e por
telefone.
Procurada pela reportagem do Paraná TV 2ª
edição, a C&A afirmou que lamenta o ocorrido e que o cartão foi
cancelado nesta quinta-feira (27).
O padre Wilson trabalha pelas pessoas com deficiência desde que foi ordenado
padre, em 2006. Por ser surdo, ele reza as missas na linguagem dos sinais e já
celebrou casamentos de deficientes auditivos em vários estados.
Após
diversas tentativas infrutíferas, o padre decidiu procurar um advogado para ter
seus direitos quanto consumidor respeitados. Foi preciso entrar na
Justiça.
O advogado Marco Aurélio Schetino explicou que na ação judicial
foi pedido o cancelamento do cartão, a devolução do dinheiro do título de
capitalização, que seria o produto vendido juntamente com o cartão, e o dano
moral pelo tratamento que foi despendido ao padre. “Pela ausência de preparo da
loja e do próprio banco no atendimento com as pessoas com deficiência, que
deveriam ter atendimento prioritário e especial”, acrescentou o
advogado.
A primeira decisão, de janeiro de 2011, determinou o
cancelamento do cartão e o pagamento de R$ 20 mil de indenização por danos
morais. A loja recorreu e passou a mandar boletos de cobrança de anuidade. Há
quatro meses saiu uma nova decisão judicial negando o recurso. Ainda assim o
cartão seguiu ativo, sendo cancelado apenas nesta quinta-feira.
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