Pedido foi feito pelo próprio autor e enviado para a consultoria da
Câmara.
O objetivo era facilitar comunicação de pessoas com deficiência
auditiva.
Profissionais podem ser capacitados em
Libras
(Foto: Reprodução/TV Integração)
O Projeto de Lei que
tornaria obrigatória a presença de um intérprete de Língua Brasileira de Sinais
(Libras) em escolas e entidades que fazem atendimento de saúde foi retirado
de votação desta terça-feira (4), na Câmara Municipal de Divinópolis. O pedido
foi feito pelo próprio autor, o vereador Rodyson do Zé Miltom. O documento será
encaminhado para uma consultoria da Câmara, para que sejam dados outros
pareceres. A previsão é que seja votado ainda esse ano. A proposta era a de
capacitar as pessoas no curso de Libras e assim facilitar a comunicação com
deficientes auditivos, que somam 522 na cidade.
A ideia surgiu depois que uma pessoa com deficiência auditiva quase morreu em
dois hospitais da cidade, pois, os médicos não entenderam o que ele dizia e
deram um diagnóstico errado em 2011. Segundo o autor do projeto, vereador
Rodyson do Zé Milton, a capacitação será gratuita. “A empresa com mais de 10
funcionários em seu quadro deverá ter 10% deles qualificados para atender o
paciente surdo. Esta qualificação será feita pela Sociedade dos Surdos e Mudos e
também pela Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi) e Universidade Estadual
de Minas Gerais (UEMG)”, disse.
De acordo com a secretária intérprete da Sociedade dos Surdos, Miriam Amaral,
a sociedade precisa de pessoas que saibam libras. “Estão faltando intérpretes,
não só em Divinópolis, mas em todas as cidades. É um profissional que está em
falta, então, precisamos capacitar intérpretes para ajudar os surdos”,
comentou.
A assistente social Alessandra Berte Pereira está fazendo um curso de 30
horas para se comunicar melhor e disse que isso vai facilitar o trabalho dela.
“É muito importante, pois no nosso trabalho, lidamos diariamente com a inclusão
em diferentes níveis. Então precisamos da língua de sinais, pois a inclusão do
surdo é essencial. Caso contrário, não conseguimos fazer o atendimento se a
gente não souber a língua de sinais”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário