29/06/2012 10h10 - Atualizado em 29/06/2012 10h10
*Notícia encontrada antes do desenvolvimento do weblog
Estudo mostra que 30,9% das mulheres pretas têm dificuldade
permanente.
40,2% das pessoas ocupadas com deficiência têm carteira
assinada.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que
67,2% dos idosos (65 anos ou mais) declararam ter alguma deficiência, de acordo
com recorte de dados do Censo Demográfico de 2010, divulgado nesta sexta-feira
(29). A análise do levantamento aprofundou a prevalência de pelo uma das
deficiências por faixa de idade.
De acordo com o IBGE, 7,5% das crianças de 0 a 14 anos possuíam uma
deficiência em 2010. O percentual era de 24,9% da população de 15 a 64 anos. O
maior contingente com pelo menos uma deficiência foi identificado na população
de 40 a 59 anos, com cerca de 17,4 milhões pessoas. Nesse panorama, cerca de 7,5
milhões são homens e 9,9 milhões são mulheres.
| População por tipo de deficiência/Censo 2010 | |
|---|---|
| Com pelo menos uma das deficiências investigadas | 45.606.048 |
| Deficiência visual | |
| Não consegue de modo algum | 506.377 |
| Grande dificuldade | 6.056.533 |
| Alguma dificuldade | 29.211.482 |
| Deficiência auditiva | |
| Não consegue de modo algum | 344.206 |
| Grande dificuldade | 1.798.967 |
| Alguma dificuldade | 7.574.145 |
| Deficiência motora | |
| Não consegue de modo algum | 734.421 |
| Grande dificuldade | 3.698.929 |
| Alguma dificuldade | 8.832.249 |
| Deficiência mental/intelectual | 2.611.536 |
| Denhuma dessas deficiências | 154.084.976 |
| Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE) | |
O IBGE também cruzou dados de pessoas com deficiência no país, cor ou raça,
alfabetização, frequência escolar, nível de instrução e características de
trabalho. Os questionários foram aplicados em 6,2 milhões de residências.
Mais
de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência no país, o
número representa 23,9% da população. Do total, 38,5 milhões viviam em áreas
urbanas e 7,1 milhões em áreas rurais. Na análise por sexo, observou-se que
26,5% da população feminina (25,8 milhões) possuía alguma deficiência, contra
21,2% da população masculina (19,8 milhões).
1/3 das mulheres negras têm alguma deficiência
A
deficiência visual era a que mais acometia homens (16%) e mulheres (21,4%),
seguida da deficiência motora (13,3 milhões, sendo 5,3% dos homens e 8,5% das
mulheres), auditiva (9,7 milhões, sendo 5,3% dos homens e 4,9% das mulheres) e
mental ou intelectual (2,6 milhões, sendo 1,5% dos homens e 1,2% das
mulheres).
No grupo de cor ou raça, os entrevistados que se classificaram como preto ou
amarelo foram as que apresentaram maior percentual de deficiência, somando
percentual de 27,1%. O menor percentual foi registrado na população indígena,
com 20,1%. (Os termos branco, preto e pardo são utilizados no relatório
oficial do IBGE)
As mulheres tiveram percentuais superiores para qualquer cor ou raça
declarada, sendo que a maior diferença foi encontrada entre as mulheres pretas
(30,9%) e os homens pretos (23,6%), com 7,3 pontos percentuais. A menor
diferença, de 3,4 pontos percentuais, foi registrada entre os homens (18,4%) e
as mulheres (21,8%) indígenas.
Mercado de trabalho
Segundo o IBGE, 23,6% das 86,3
milhões de pessoas ocupadas são trabalhadoras com deficiência, o equivalente a
20,3 milhões do total. Das 44 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa
(10 anos ou mais), 23,7 milhões (53,8%) estava desocupada ou não era
economicamente ativa.
Em relação ao total da população desocupada ou não economicamente ativa, que
chega a 75,6 milhões, o percentual com deficiência era de 31,3%. O IBGE explica
que, apesar de a população desocupada total ser menor, o número de deficientes
não ocupados é 3,4 milhões maior do que o número de ocupados.
Carteira assinada
De acordo com o IBGE, 40,2% das pessoas
ocupadas com deficiência têm carteira assinada no país. A diferença deste perfil
com o da população sem deficiência é de 9 pontos percentuais.
Os percentuais de trabalhadores com deficiência que atuam em seu próprio
empreendimento (27,4%), sem carteira (22,5%), militares e funcionários públicos
estatutários (5,9%) e não remunerados (2,2%) são maiores do que na população sem
deficiência (20,8%, 20,6% e 5,5%; 1,7%, respectivamente). Na categoria
empregador, a diferença foi de 0,3 pontos percentuais entre a população sem
deficiência (2,1%) e com deficiência (1,8%).
Em relação ao rendimento nominal mensal de trabalho recebido pelas pessoas
com idade ativa na semana de referência (25 a 31 de julho de 2010), com pelo
menos uma das deficiências investigadas, 46,4% dessa população ganhavam até um
salário mínimo ou não tinham rendimento. A diferença é de mais de nove pontos
percentuais para população sem qualquer deficiência (37,1%). As diferenças por
existência de deficiência diminuem nas classes mais altas de rendimento.
Entre as pessoas ocupadas com deficiência mental e motora, o maior percentual
se encontrava nas classes de mais de meio a um salário mínimo de rendimento de
trabalho, 27,6% e 28,7%, respectivamente. A maior parte da população com
deficiência visual e auditiva se concentrava na classe de um a dois salários
mínimos, 29% e 28,4%, respectivamente.
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