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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

67,2% dos idosos declararam ter alguma deficiência no país, diz IBGE

29/06/2012 10h10 - Atualizado em 29/06/2012 10h10

*Notícia encontrada antes do desenvolvimento do weblog 

Estudo mostra que 30,9% das mulheres pretas têm dificuldade permanente.
40,2% das pessoas ocupadas com deficiência têm carteira assinada.

Do G1, em São Paulo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que 67,2% dos idosos (65 anos ou mais) declararam ter alguma deficiência, de acordo com recorte de dados do Censo Demográfico de 2010, divulgado nesta sexta-feira (29). A análise do levantamento aprofundou a prevalência de pelo uma das deficiências por faixa de idade.
De acordo com o IBGE, 7,5% das crianças de 0 a 14 anos possuíam uma deficiência em 2010. O percentual era de 24,9% da população de 15 a 64 anos. O maior contingente com pelo menos uma deficiência foi identificado na população de 40 a 59 anos, com cerca de 17,4 milhões pessoas. Nesse panorama, cerca de 7,5 milhões são homens e 9,9 milhões são mulheres.

População por tipo de deficiência/Censo 2010
Com pelo menos uma das deficiências investigadas 45.606.048
Deficiência visual
Não consegue de modo algum 506.377
Grande dificuldade 6.056.533
Alguma dificuldade 29.211.482
Deficiência auditiva
Não consegue de modo algum 344.206
Grande dificuldade 1.798.967
Alguma dificuldade 7.574.145
Deficiência motora
Não consegue de modo algum 734.421
Grande dificuldade 3.698.929
Alguma dificuldade 8.832.249
Deficiência mental/intelectual 2.611.536
Denhuma dessas deficiências 154.084.976
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
O IBGE também cruzou dados de pessoas com deficiência no país, cor ou raça, alfabetização, frequência escolar, nível de instrução e características de trabalho. Os questionários foram aplicados em 6,2 milhões de residências.
Mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência no país, o número representa 23,9% da população. Do total, 38,5 milhões viviam em áreas urbanas e 7,1 milhões em áreas rurais. Na análise por sexo, observou-se que 26,5% da população feminina (25,8 milhões) possuía alguma deficiência, contra 21,2% da população masculina (19,8 milhões).


1/3 das mulheres negras têm alguma deficiência
A deficiência visual era a que mais acometia homens (16%) e mulheres (21,4%), seguida da deficiência motora (13,3 milhões, sendo 5,3% dos homens e 8,5% das mulheres), auditiva (9,7 milhões, sendo 5,3% dos homens e 4,9% das mulheres) e mental ou intelectual (2,6 milhões, sendo 1,5% dos homens e 1,2% das mulheres).

No grupo de cor ou raça, os entrevistados que se classificaram como preto ou amarelo foram as que apresentaram maior percentual de deficiência, somando percentual de 27,1%. O menor percentual foi registrado na população indígena, com 20,1%. (Os termos branco, preto e pardo são utilizados no relatório oficial do IBGE)
As mulheres tiveram percentuais superiores para qualquer cor ou raça declarada, sendo que a maior diferença foi encontrada entre as mulheres pretas (30,9%) e os homens pretos (23,6%), com 7,3 pontos percentuais. A menor diferença, de 3,4 pontos percentuais, foi registrada entre os homens (18,4%) e as mulheres (21,8%) indígenas.


Mercado de trabalho
Segundo o IBGE, 23,6% das 86,3 milhões de pessoas ocupadas são trabalhadoras com deficiência, o equivalente a 20,3 milhões do total. Das 44 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa (10 anos ou mais), 23,7 milhões (53,8%) estava desocupada ou não era economicamente ativa.

Em relação ao total da população desocupada ou não economicamente ativa, que chega a 75,6 milhões, o percentual com deficiência era de 31,3%. O IBGE explica que, apesar de a população desocupada total ser menor, o número de deficientes não ocupados é 3,4 milhões maior do que o número de ocupados.


Carteira assinada
De acordo com o IBGE, 40,2% das pessoas ocupadas com deficiência têm carteira assinada no país. A diferença deste perfil com o da população sem deficiência é de 9 pontos percentuais.

Os percentuais de trabalhadores com deficiência que atuam em seu próprio empreendimento (27,4%), sem carteira (22,5%), militares e funcionários públicos estatutários (5,9%) e não remunerados (2,2%) são maiores do que na população sem deficiência (20,8%, 20,6% e 5,5%; 1,7%, respectivamente). Na categoria empregador, a diferença foi de 0,3 pontos percentuais entre a população sem deficiência (2,1%) e com deficiência (1,8%).
Em relação ao rendimento nominal mensal de trabalho recebido pelas pessoas com idade ativa na semana de referência (25 a 31 de julho de 2010), com pelo menos uma das deficiências investigadas, 46,4% dessa população ganhavam até um salário mínimo ou não tinham rendimento. A diferença é de mais de nove pontos percentuais para população sem qualquer deficiência (37,1%). As diferenças por existência de deficiência diminuem nas classes mais altas de rendimento.
Entre as pessoas ocupadas com deficiência mental e motora, o maior percentual se encontrava nas classes de mais de meio a um salário mínimo de rendimento de trabalho, 27,6% e 28,7%, respectivamente. A maior parte da população com deficiência visual e auditiva se concentrava na classe de um a dois salários mínimos, 29% e 28,4%, respectivamente.

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