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08/07/2012 18h40 - Atualizado em 08/07/2012 18h51
Números são de novos dados do Censo 2010 divulgados pelo instituto.
Especialista defende maior inclusão destas pessoas na educação
regular.
Luiz Pereira Souza Jorge é um dos deficientes
que
não têm acessibilidade (Foto: Luiz Felipe Leite/G1)
Apesar de a população de Piracicaba (SP) ter
crescido 11% entre 2000 e 2010, a quantidade de deficientes no mesmo período
quase dobrou na cidade, segundo dados novos do Censo 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de pessoas que disseram
possuir algum tipo de deficiência saiu de 39.400 para 75.217, o que representa
20% da população total do município, que é de 364.571 habitantes.
Segundo a professora Darlene Barbosa Schützer, da Assessoria para Inclusão de
Pessoas com Necessidades Especiais da Universidade Metodista de Piracicaba
(Unimep), os maiores desafios para os deficientes piracicabanos atualmente dizem
respeito à inclusão destas pessoas no mercado de trabalho, e também uma
exigência de reformas arquitetônicas na cidade.
Dificuldade de locomoção
O vendedor Luiz Pereira Souza
Jorge, de 40 anos, é uma das pessoas que sofrem com a falta de estrutura em
Piracicaba. Paraplégico desde os dois anos de idade, ele precisa se locomover
entre as ruas da cidade para vender doces nos semáforos. Para isso, ele prefere
atravessar as ruas a usar as calçadas. “É difícil, pois a maioria das calçadas
não possui rampas. Além disso, poucos ônibus têm elevador e, os que possuem,
estão todos quebrados”, contou Jorge.
Especialista defende mudanças
Darlene afirmou que a
política educacional adotada até recentemente limitava as pessoas com
deficiência. “Os deficientes eram mandados para escolas especiais, fato que
dificultava a aproximação delas com o mundo regular. Por exemplo, um surdo mudo
tem as libras como língua materna. Depois ele precisa aprender o Português,
exigido no mercado de trabalho. Se ele estudasse em uma escola regular, a
aprendizagem seria mais fácil”, contou a professora.
A expectativa da docente é que a qualidade de vida dos deficientes em
Piracicaba, apesar dos números do IBGE apontarem alto crescimento entre 2000 e
2010, seja melhor nos próximos 20 anos. “Existem políticas inclusivas que estão
sendo feitas pelos poderes públicos, tanto no âmbito da educação quanto no
âmbito de estrutura das ruas. As próximas gerações de pessoas com deficiência
aproveitarão os ganhos dessas políticas”, concluiu a
especialista.
Deficientes em Piracicaba
Segundo dados
do IBGE, há 10 anos existiam 39.400 pessoas com deficiência em Piracicaba.
Destas, 10.172 declararam possuir limitações auditivas; 23.886 disseram ter
limitações visuais; 4.852 falaram aos pesquisadores serem deficientes mentais; e
15.594 alegaram ser deficientes físicos. A população do município na época era
de 329.158 habitantes.
Em 2010, a quantidade de deficientes visuais em Piracicaba passou a ser de
55.508 pessoas, sendo que 22.546 declararam ter dificuldades auditivas, enquanto
4.333 disseram ser deficientes mentais e 22.465 afirmaram ser deficientes
físicos.
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