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O curso é direcionado à professores da rede pública e privada de
ensino.
Há cerca de pessoas com deficiência auditiva em Cacoal.
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Instrutora repassa conteúdo a deficiêntes auditivos
(Foto: Paula Casagrande/G1)
Os professores das redes pública e privada de Cacoal, RO, e Ministro Andreazza, RO,
deixam as salas de aula durante as terças-feiras para se tornarem novamente
alunos. Os docentes estão realizando um treinamento da Língua Brasileira de
Sinais (Libras), programa do Centro de Reabilitação Neurológica Infantil de
Cacoal (Cernic), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Através da libras, a aluna Sendy Cristina Gonçalves, de 22 anos, deficiente
auditiva, explica que reconhece a dificuldade que enfrenta ao tentar interagir
com pessoas sem conhecimento da linguagem de sinais. “Para nós, deficientes
auditivos, acaba sendo um obstáculo. Nós sempre damos um jeito de entender o que
querem dizer e de sermos entendidos, mas seria mais fácil para todos se a
linguagem de sinais fosse mais comum”, ressalta a estudante. Sendy passou a
trabalhar com a professora intérprete Luciana Coladine Bernardo há três anos. De
acordo com a aluna o aprendizado ficou melhor. “Agora é mais fácil aprender a
língua portuguesa, geografia e até mesmo história”, explica Sendy.
Dicionários disponibilizados nas unidades
de
ensino (Foto: Paula Casagrande/G1)
A intérprete Luciana e mais dois professores acompanham sete alunos
deficientes auditivos. “Os alunos têm mais afetividade com professores que sabem
falar pelo menos um ‘oi’ em libras. E sempre ensinam os outros algumas
palavras”, diz Luciana.
Em 2012, a Libras comemorou 10 anos como detentora do título de segunda
língua oficial do Brasil, reconhecida pela lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002.
Segundo a professora de atendimento educacional especializado, Selma Maria
Dias de Souza, aluna do curso, aprender libras é uma forma de diminuir a
distância entre os alunos. “Hoje temos cerca de 80 pessoas com deficiência
auditiva. Se é difícil para um aluno convencional aprender questões escolares
mesmo estando ali ouvindo o professor, podendo questionar, imagina a dificuldade
que tem um aluno deficiente auditivo. Então é dever do professor saber o mínimo
da linguagem de sinais para poder atender esta demanda que existe no nosso
município”, revela Selma.
Vanize Adriana Schmitt, professora palestrante, e Leidiane Aparecida
Rodriguez Pires, instrutora de libras estão ensinando os adultos a capacidade da
linguagem de libras.
“ Nós estamos ensinando aos professores como passar o conteúdo ensinado em
sala de aula para um aluno com deficiência auditiva. Eles têm limitações e isso
tem que ser respeitado, o que não acontece se não houver a possibilidade de
comunicação entre ambas as partes”, ressalta Vanize, intérprete de libras, que
trabalha há 15 anos na área.
Para Leidiane, que é surda, o aprendizado acerca da linguagem de sinais é
importante. “É dar oportunidade aos deficientes auditivos. Eu já passei pelo que
as crianças passam hoje. Quando criança, eu senti como é difícil não ser
entendida”, lembra. A instrutora ressalta ainda que a inclusão escolar desses
alunos seria outro ponto positivo do esforço dos professores em aprenderem uma
nova linguagem.
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